Os defeitos na formação da bexiga, uretra, pênis (ou vagina) e dos ossos da bacia necessitam de correção cirúrgica. Tratam-se de procedimentos complexos e, normalmente, são necessárias duas ou três (ou até mais) cirurgias ao longo da vida da criança. Inicialmente, visa-se ao fechamento da bexiga e correção da epispádia nos primeiros meses de vida. Após 4-5 anos de idade, geralmente se realiza um procedimento complementar na bexiga na tentativa de que a criança fique continente (segure a urina adequadamente). Em muitos casos, a bexiga apresenta uma baixa capacidade de armazenamento de urina e é necessário realizar um procedimento de ampliação da bexiga com o uso de um segmento do intestino. 

           Felizmente, apesar das dificuldades impostas pela necessidade de alguns cuidados especiais, de acompanhamento psicológico, da necessidade constante de realização de exames complementares, e da realização de múltiplas cirurgias, a criança com Extrofia de Bexiga não tem afetada em nada a sua capacidade de desenvolvimento neuropsicomotor. Quando bem adaptada às suas particularidades, consegue se desenvolver como uma criança e futuro adulto sem limitações.