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Válvula de Uretra Posterior

            Válvula de Uretra Posterior é uma patologia que afeta meninos, na proporção de 1 para cada 5000 a 8000 nascidos. Trata-se de uma membrana que se localiza na uretra (o canal do xixi), em uma parte mais interna, próxima à bexiga. Ainda não está totalmente esclarecido o porquê do aparecimento dessa membrana em alguns meninos.

              Quando presente, a válvula de uretra aparece já no início da vida fetal. A partir do 2º trimestre da gestação, quando os rins começam a produzir a urina, a válvula atua como um fator obstrutivo ao fluxo urinário, o que leva à dilatação da   bexiga,   com  espessamento  da  sua  parede,

             além de dilatação em ambos os rins, podendo levar, inclusive a quadros de grave insuficiência renal e óbito ainda intra-útero.

            Geralmente, a suspeita do diagnóstico de válvula de uretra já é feita antes do nascimento da criança, pela presença de dilatação da bexiga e dos rins num bebê do sexo masculino. Nesse caso, a gravidez precisa ser monitorizada mais de perto, principalmente a quantidade de líquido amniótico.

        É recomendado que a mãe procure o Urologista Pediátrico mesmo antes do parto para esclarecimentos sobre o diagnóstico e para realizar exames de confirmação logo que ocorra o nascimento do bebê.

               A confirmação é feita por um exame chamado Cistouretrografia miccional, em que é necessário introduzir uma pequena sonda pela uretra, infundir um líquido de contraste e realizar algumas radiografias.

              O tratamento definitivo é feito por via endoscópica (pela uretra e sem cortes), com a fulguração da válvula (destruição da membrana por uma corrente elétrica). 

               É importante que TODAS as crianças que tiveram o diagnóstico de válvula de uretra, mesmo aquelas que foram tratadas nos primeiros dias de vida e que estejam sem qualquer sintoma, sejam acompanhadas continuamente pelo Urologista Pediátrico, devido ao risco de descompensação do funcionamento da bexiga com o passar dos anos, o que pode levar a sérias consequências, como a insuficiência renal crônica.

urologista pediatra

       Dr. Rodrigo Lessa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Residência Médica em Cirurgia Geral e Urologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE/SP) e Especialização em Urologia Pediátrica pelo programa de Fellowship da Sociedade Brasileira de Urologia, realizado em Salvador/BA.

           Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia - TiSBU desde 2013.

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